domingo, 8 de março de 2015

Sinteses

SÍNTESE

UMA POLÉMICA EM RELAÇÃO AO EXAME


     O autor chama a atenção para o exame que se converte num instrumento no qual se deposita a esperança de melhorar a educação. Desta forma, é determinado um falso princípio didático: um melhor sistema de exame trará um melhor sistema de ensino.É visívelque o papel que o exame cumpre na sociedade e na escola e na vida dos alunos, existe um reducionismo técnico”.O objetivo deste ensaio é mostrar que não é sempre que o exames se vincula a atribuir notas, conceitos ou certificação. E expor os problemas sociais
O EXAME, UM PROBLEMA DE HISTÓRIA E SOCIEDADE
      A nova política educacional (de corte liberal) reponde a postulados de racionalidade. Seus fundamentos trazem noção de: qualidade da educação, eficiência e eficácia do sistema educativo, maior vinculação entre sistema escola (currículo) e necessidades sociais (modernidade industrial). Todos esses sistemas, esta concreto no orçamento de redução para educação, fazendo com que o gasto econômico para os estudantes torne-se o sistema educativo. Esta tática liberalista busca comprovar perante as “acadêmicas” que permitem restringir o acesso das camadas mais pobres à educação. Sendo assim, há três estudos que nos foi apresentado essas afirmações de falsidade nesta área, como: “O exame foi um instrumento criado pela burocracia chinesa para eleger membros de castas inferiores; evidências de que antes da Idade Média não existia um sistema de exames ligado a prática educativa e atribuição de notas ao trabalho escolar é uma herança do século XIX à pedagogia” esta realidade cumpre a função de omitir o problema em relação ao exame ignorado outros campos de estrutura. O exame é um espaço no qual é desempenhado muitas inversões das relações sociais e pedagógicas. Portanto, o exame é um lugar de relações que nos permite efetuar conjunto de precisões que nos restringe a problemas de educação ao técnico de avaliação.
Primeira inversão: Problemas sociais em problemas técnicos
     A primeira é decidir se o individuo pode ser promovido de um período para outro. Desta ideia geral surgem outras duas funções: permitir o ingresso de um sujeito a um sistema particular ou regularizar o conhecimento de um sujeito através de certificações profissional. Desta forma a importância desta função, em relação aos exames esta situado nos aspectos técnicos que capacita uma imagem de cientificidade aos instrumentos usados. Pois os problemas sociais irão promover a educação, justiça social, estratos de desempregos, estrutura de investimento e etc. Estas semelhanças com problemas de ordem técnicas transformando o exame numa dimensão fora do alcance da investigação científica que a partir da implantação política educativa, as estão sendo abordadas discussões sobre exame que atingir seu auge.
Segunda inversão: De problemas metodológicos a problemas de rendimentos
   Um aspecto cuidadoso na história da educação mostra que em muitas práticas pedagógicas não existiu nada similar aos exames. Sendo assim, o exame não determina a promoção do sujeito nem sua nota. Pois, quando o individuo não aprende, sugere-se que os professores revise seu método. Ainda assim, explicitamente indica que o aluno não deve ser castigado, porque criaria uma aversão ao estudo.
A partir desta condição se estruturou a pedagogia do exame. Essa estruturação é outro erro, pois, é essa atitude está na união da linguagem dos educadores para que contribua com os alunos a mesma significação. O exame desta forma irá esconder uma infinidade de problemas com relação social, pedagógica e metodológica, pois irá atingir o controle individual e sua extensão com domínio social.

Terceira inversão: o exame como um problema (de controle) científico do século XX. Em direção ao empobrecimento do debate educativo.

      No início século XX a pedagogia deixar passar o referido termo “exame”, substituindo por “teste”, e pós por avaliação. Ambas (teste e avaliação) resulta em processo de mudança social que a desenvolvimento gerou nos Estados Unidos. Durante este período, os estudos para avaliar a inteligência desembocaram rapidamente numa teoria dos testes, esses testes foram considerados um instrumento científico, apoiando-se em uma teoria medida pela psicologia experimental nos problemas de objetividade, validade e confiabilidade. O teste de objetividade poderia ajudar aos aducadores na função de cumprir principais determinações como, por exemplo, se o aluno passará ou não de ano. A validade afirma que a prova objetiva era valida e objetiva. Enquanto a teoria dos testes estabelecia ideias de um nova discussão sobre exame, a teoria da administração científica, justificava a implatação de um controle sobre a prática educativa. Sendo assim, os benefícios acadêmicos da avaliação eram lidos pela perspectiva de controle educativo que devem ser lidos desde a perspectiva do controle educativo que recomenda-se que o alcançe do docente nesta concepção tem uma dimensão intelectual para converter-se em programas preestabelecidos que ignoram seu saber.
Portanto, através do exame educativos as questões deixaram de ser de ordens diversas e tornou-se apenas problemas tecnicos, podemos afirma que a educação deve ser construida a partir das elaborações dos problemas que a educação enfrenta.
 
A modo de conclusão

      O exame área de conflito entre problemas de diversas índoles. É preciso ressaltar que o problema da sala de aula e metodológico, e eles não serão resolvidos irá se torna mais rigoroso. Pois, essa relação pedagogica estará no centro de uma curso apenas na função do exame, pois essas atribuições de notas não responde a um problema educativo mas, e nem tem a força da aprendizagem nosistema educativo, pelo contrário sua tarefa e mais de poder e controle com o aluno.
Podemos concluir que a pedagogia tem a preocupação de tecnica com notas e exames que impede que se perceba os grandes problemas na educação e na formação do sujeito como aluno.

Referência:

BARRIGA, Angel Diaz. Uma Polêmica em relação ao exame. In: ESTEBAM, Maria Teresa(org.) Avaliação: uma pratica em busca de novos sentidos. 5. ed. Rio de Janeiro: DP&A 2003, P. 51-82

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SÍNTESE 
 
“ AVALIAÇÃO DA APRENDIZAGEM ESCOLAR:  
 
APONTAMENTOS SOBRE A PEDAGOGIA DO EXAME”



O texto aborda a questão da avaliação centrada na promoção, ou seja, voltada apenas para promover alunos nos exames oficiais. Em nenhum momento esse tipo de pedagogia está preocupada em realmente avaliar os alunos e encontrar soluções para suas deficiências, mas treina-los para resolverem questões que cairão nas provas. A ênfase é para a memorização e nem sempre o que é estudado vai ser lembrando posteriormente.
 
    Também é possível perceber que as provas muitas vezes são utilizadas como instrumento de ameaça e tortura prévia dos alunos, em vez de, ao contrário, serem usadas como elemento motivador, e que a família também é responsável por esse tipo de pedagogia e a incentiva, já que está voltada para os resultados e valoriza apenas a promoção e não o processo.

    A pedagogia do exame está centrado nos resultados, na verificação das notas, e de como estão os alunos no que se refere aos processos de promoção. O que realmente importa é as estatísticas, sendo elas suficientes, pois demonstram um quadro global do aluno no seu processo de promoção ou não nas séries de escolaridade. Porém, isso acaba por mascarar uma real aprendizagem já que não mede o quanto de informação se transformou realmente em conhecimento e não privilegia o processo pelo qual o aluno passa para chegar a tal resultado. Como educadores sabemos que cada indivíduo é único e que chegará ao resultado esperado, ou não, de diversas maneiras, por diversos caminhos e em tempos muitas vezes diferentes.

    A avaliação da aprendizagem escolar se tornou ao longo dos anos, uma necessidade que atendia simplesmente a um determinado propósito, a promoção, porém, com o tempo passou a dominar o verdadeiro processo de aprendizagem. Em muitos casos a avaliação gera medo, um medo que é leva a submissão forçada e petrificação de ações. O castigo, presente na punição pela nota baixa, torna-se um instrumento gerador de medo. A ameaça, seja ela qual for, da aplicação da prova, da nota baixa, do mau desempenho, é acima de tudo um castigo antecipado.

    Quando uma instituição ou professor prioriza a pedagogia do exame a conseqüência é que a avaliação não cumprirá realmente a sua real função, que seria a de subsidiar a decisão da melhoria da aprendizagem e apenas medirá o conhecimento dos alunos numa abordagem quantitativa e na maioria das vezes repressora.

    No aspecto psicológico a avaliação é utilizada para desenvolver personalidades submissas. Professores e instituições usam a avaliação no desenvolvimento da autocensura e do autocontrole, sem que a coerção externa seja exercida.

    No âmbito social a pedagogia do exame e esse tipo de avaliação exercem um papel seletivo e excludente já que valorizam apenas aqueles alunos que obtem um bom desempenho, uma boa nota, deixando para trás os que trilharam caminhos diferentes em suas trajetórias de aprendizagem, pois está articulada com a reprovação.
    Aprender é um ato social e a escola deve cumprir a função de educar a todos. Para que a educação seja realmente entendida nesse sentido é preciso recorrer a um caminho em que o crescimento individual esteja articulado com o desenvolvimento coletivo, no sentido de a escola ser responsável pelas pessoas que a compõem tanto no âmbito coletivo quanto individual.

    A avaliação deve privilegiar o processo e diagnosticar o que realmente o aluno conseguiu aprender, para a partir de então desenvolver novas perspectivas a fim de promover a aprendizagem do que ainda estiver faltando. A avaliação deve criar a base para a tomada de decisão e, com isso, buscar maior satisfação nos resultados alcançados. Dessa forma, e através do uso de diversos instrumentos será realmente capaz de motivar o crescimento, propiciar a autocompreensão, bem como aprofundar e auxiliar na aprendizagem.

    Não podemos esquecer que, enquanto educadores, somos todos responsáveis por esse processo.

Referencia:
BARRIGA, Angel Diaz. Uma polêmica em relação ao exame. In: ESTEBAN, Maria Teresa (Org.). Avaliação: uma pratica em busca de novos sentidos. 5.Ed.Rio de janeiro: DP&A,2003,p.51-82.

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SÍNTESE 

DE EXAMINAR PARA AVALIAR, UM TRANSITO DIFÍCIL, MAS NECESSÁRIO

     Segundo o Autor, para termos resultados novos são necessários hábitos novos e isso exige novas aprendizagens e novas condições para exercitá-las. A transição dos hábitos de examinar par avaliar exige atenção constante. Para podermos fazer essa transição precisamos compreender: as contribuições da história da educação, o modelo de sociedade no qual vivemos, a repetição inconsciente do que ocorreu com cada um de nós.
 
    Estamos aprisionados a padrões de compreensão e de conduta que vem de séculos. Dos mecanismos inquisitoriais do final da Idade Média para os mecanismos de disciplinamento através dos micropoderes, que operam silenciosamente nas instituições sociais.

    A escola é uma dessas instituições e os exames um dos recursos. Desde que foram sistematizados os exames, séc. XVI, carregam uma carga de ameaça, castigo e pressão para que os educandos estudem, aprendam e assumam condutas.O disciplinamento cria o controle aversivo.Cinco séculos é tempo bem longo para que desejemos mudá-lo, mas para mudar precisamos agir juntos, precisamos "destruir" e reconstruir um novo incorporando uma nova visão e modo de ser.

    Não é fácil abrir mão dos exames, mas eles não nos ajudam produzir resultados escolares bem -sucessidos hoje, todavia aprendemos com eles a necessidade de acompanhar nossos educandos, o que é profundamente importante para o sucesso. Há um segudo fator que dificulta a mudança: o modelo de sociedade excludente. Os exames são compatíveis com o modelo social burguês capitalista.
 
    A avaliação é democrática, inclusiva, acolhe a todos. Isso se opõe ao modelo social hierarquizado da sociedade burguesa. Agir inclusivamente numa sociedade excludente exige consciência crítica, clara, precisa e desejo político de se confrantar com esse modo de ser, que já não nos satisfaz. A avaliação a serviço da obtenção de resultados positivos é um ato revolucionário em relação ao modelo social vigente. Um terceiro fator que dificulta a passagem dos exames para avaliação é a experiência biográfica de cada um de nós.
 
    Fomos excessivamente examinados e então replicamos aquilo que aconteceu conosco. Aprendemos obedecer, de modo externo e aversivo e agora repetimos a prática como forma de controle. Os traumas e abusos, fixaram-se em nosso inconsciente e reproduzimos automaticamente um modo de ser.

    Educadores que desejam efetivamente atuar pedagogicamente, servindo-se dos recursos da avaliação da aprendizagem necessitam consciência clara de que estão rompendo com o modelo social excludente, com cinco séculos de história de educação e com os próprios fantasmas internos adquiridos ao longo de sua vida pessoal e escolar. Para transitar do ato de examinar par o ato de avaliar precisamos nos converter ( ultrapassar conceitos e modos de agir).
 
    Avaliar é um ato subsidiário da obtenção de resultados positivos. A avalição nos oferece recursos para diagnosticar, intervir nos resultados para que se encaminhe na direção desejada. O sucesso exige investimento; e o ato de avaliar dá suporte e sustentação para a busca desse sucesso. O ato de avaliar é um aliado de todos os que desejam produzir resultados satisfatórios com sua ação. Olhemos para nós mesmos e nossas condutas e nos esforcemos para transitar do ato de examinar para o ato de avaliar. Temos muito a fazer, mas vagarosamente deixaremos de ser examinadores para avaliadores.

Referência:
 
LUCKESI, Cipriano Carlo. De examinar para avaliar, um trânsito difícil, mas necessário. In: LUCKESI, Cipriano Carlos. Avaliação de aprendizagem escolar: estudos e proposições. 22.ed. São Paulo: Cortez, 2011,p.67-72.
 

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